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Bancos não negociam reajuste e insistem em retirar conquistas

Publicado em Notícias Quarta, 17 Setembro 2008 21:00
Só com muita pressão da categoria os banqueiros vão negociar este ano. Na rodada de quarta-feira, dia 17, os representantes dos bancos se negaram a discutir as reivindicações econômicas e marcaram outra reunião para o dia 24. Eles ainda tentaram condicionar a negociação das cláusulas econômicas a três retiradas de conquistas: redução do tempo de concessão do auxílio-creche/babá, diminuição do vale-transporte e redução da estabilidade dos bancários em pré-aposentadoria. Tudo foi obviamente negado pelo Comando Nacional dos Bancários, e o Sindicato vem intensificando a mobilização com manifestações em diversos municípios (foto).
Só com muita pressão da categoria os banqueiros vão negociar este ano. Na rodada de quarta-feira, dia 17, os representantes dos bancos se negaram a discutir as reivindicações econômicas e marcaram outra reunião para a quarta-feira da semana que vem, dia 24. Eles ainda tentaram condicionar a negociação das cláusulas econômicas a três retiradas de conquistas, propostas por eles no dia anterior: redução do tempo de concessão do auxílio-creche/babá, diminuição do vale-transporte e redução da estabilidade dos bancários em pré-aposentadoria. Tudo foi obviamente negado pelo Comando Nacional dos Bancários. Atos em Rio Bonito, Itaboraí, Cabo Frio, São Gonçalo e Niterói Nas seis rodadas de negociação anteriores, os bancos rejeitaram todas as propostas sobre saúde e condições de trabalho, igualdade de oportunidades, emprego e segurança. Por isso, as manifestações do Sindicato se fazem cada vez mais necessárias para informar e mobilizar os bancários. Quarta-feira, dia 18, houve manifestações nas agências de Rio Bonito, com banda de música, equipe de teatro e distribuição de cachorro-quente para a população. Na semana anterior, as atividades aconteceram nas agências de Alcântara (dia 11), Centro de São Gonçalo (dia 10) e Icaraí (dia 9). Os atos começaram dia 28 de agosto no Centro de Niterói. Para a próxima semana, estão previstas manifestações em Cabo Frio e Itaboraí, sempre com o carro de som, cartazes e panfletos denunciando a intransigência dos banqueiros, que contrasta com os recordes de lucros dos bancos. Novo calendário de mobilização Diante da confirmação de que os bancos não estão mesmo dispostos a negociar, o Comando Nacional dos Bancários aprovou no dia 17 um novo calendário de mobilização que aponta para a greve caso os bancos não atendam às reivindicações: 19/9 - Negociação das questões específicas da Caixa Federal. 22 a 29/9 - Manifestações em todo o país. 23 e 24 - Negociação das reivindicações específicas do Banco do Brasil. 24 - Negociação para apresentação de propostas econômicas com a Fenaban. 25 - Dia Nacional de Luta. 26 - Negociação das questões específicas com a Caixa Federal e com o BNB. Até 29/9 - Realização de assembléias em todos os sindicatos para avaliar as propostas que a Fenaban apresentará no dia 24. Negativas sobre PLR e metas abusivas Na reunião de quarta-feira, o Comando Nacional também exigiu resposta à nova formulação de participação nos lucros apresentada pelos bancários, mais simples e com aumento de valor: três salários mais R$ 3.500. Os representantes dos bancos responderam que ainda não fizeram simulação sobre a nova proposta. Quanto à reivindicação para acabar com metas abusivas, os negociadores da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disseram que não existem metas abusivas e que a questão das metas é assunto individual de cada banco em suas estratégias de concorrência. Acrescentaram que esse não é tema econômico e que, quando houver problemas relacionados a ele, devem ser discutidos na mesa temática sobre assédio moral.