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A maior greve, o maior reajuste

Publicado em Notícias Domingo, 17 Outubro 2010 22:00
Forte adesão conseguiu o maior índice de reajuste acima da inflação nos últimos sete anos: 3,08% (o dobro em relação ao acordo do ano passado).
A greve deste ano foi a maior realizada pelos bancários nos últimos 20 anos, com quase 9 mil agências paradas em todo o Brasil. Justamente devido a essa forte adesão, conseguiu o maior índice de reajuste acima da inflação nos últimos sete anos: 3,08% (o dobro em relação ao acordo do ano passado). O piso salarial também conseguiu a maior valorização dos últimos anos, com 16,33% nos bancos privados e patamar de R$ 1.600 para começar no Banco do Brasil e na Caixa Econômica. As conquistas dão continuidade a uma série de avanços dos últimos anos. De 2004 a 2010, por exemplo, os bancários tiveram entre 19,6% e 26,3% de aumento real no piso salarial. Evolução do aumento real dos bancários 2004 - 1,70% 2005 - 0,90% 2006 - 0,60% 2007 - 1,10% 2008 - 2,70% 2009 - 1,50% 2010 - 3,08% Reajuste acumulado desde 2004 Bancos particulares - 77,9% Banco do Brasil - 78,0% Caixa Econômica - 68,5% ICV-Dieese - 41,7% INPC-IBGE - 40,9% As outras conquistas deste ano também foram importantíssimas: 7,5% de reajuste para quem ganha até R$5.250, índice que recai sobre todas as verbas salariais. Acima deste teto, os bancos oferecem aumento de R$393,75 ou, no mínimo, a inflação do período (4,29%). Além disso, houve avanço na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com 14,28% a mais no adicional. E as conquistas foram além das questões de remuneração, garantindo na Convenção Coletiva — pela primeira vez — itens do combate ao assédio moral e sobre segurança. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. Em relação à PLR, caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, esses valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 15.798. Segundo avaliação da secretária de Políticas Sociais da Contraf, Deise Recoaro, a valorização dos pisos tem impacto principalmente sobre mulheres e negros, já que são os dois grupos com maiores dificuldades de ascenção profissional e, portanto, estão concentrados na base da pirâmide salarial das empresas do sistema financeiro.