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Apoio total à greve

Publicado em Notícias Quarta, 06 Outubro 2010 21:00
Além de clientes, aposentados, CUT e até a UNI Américas estão ao lado dos bancários. Afinal, as reivindicações resultarão em menos filas. E o atendimento a aposentados tem recebido elogios.
"Nós temos que nos solidarizar com os bancários. A luta é digna e os transtornos estão sendo apenas o preço das melhoras". Esta frase, publicada dia 5 de outubro no site do jornal O Fluminense, é do professor André Figueiredo, 39 anos, que foi entrevistado na fila de um caixa automático em Niterói. A opinião dele representa bem a compreensão e o apoio que toda a sociedade tem demonstrado em relação à greve, que nesta quinta-feira chega a seu nono dia com assembleia marcada para as 17h30, na futura sede do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga, 37, Centro de Niterói, ao lado do Liceu Nilo Peçanha). No restante do Brasil, a simpatia dos clientes é a mesma que se encontra em Niterói. "Concordo com a greve. Só não concordaria se realmente estivesse tudo parado. Tem fila para receber aqui hoje, mas isso é sempre. Todo mês está assim. A greve não atrapalha em nada”, disse o aposentado Carlos Gonçalves, 62 anos, em São Paulo. “Eles estão em greve, mas nem por isso deixam de prestar informações aos correntistas. Chegam para instruir e não para fazer propaganda da greve”, afirmou o administrador de empresas Sérgio Luiz Colletti, 59 anos. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. Na quarta-feira foram 7.723 agências paradas nos 26 estados e no Distrito Federal - um acréscimo de 286 em relação ao dia anterior e praticamente dobrando (99,7%) desde o primeiro dia (3.864). Isso significa que essa já esta é a maior greve da categoria bancária nos últimos 20 anos. As reivindicações dos bancários incluem, além de 11% de reajuste salarial, melhores condições de trabalho e garantia de emprego, para melhorar o atendimento, que tem sido de péssima qualidade nos dias normais, por culta dos bancos. Essa preocupação se reflete no esquema especial implementado pelo Sindicato para a greve. “Estamos autorizando, por exemplo, que aposentados e pensionistas que não possuem cartão para retirar os salários nos caixas eletrônicos ou que bloquearem o cartão por não saberem utilizá-lo sejam atendidos. Eles devem entrar em contato com o gerente do banco, que está sendo orientado a comunicar o fato ao sindicalista que fica na porta da agência para autorizar a entrada do idoso. Assim, ele será atendido no caixa”, explica o presidente do Sindicato, Jorge Antônio de Oliveira. Uma greve de toda a população Não são apenas clientes e usuários que apoiam os bancários. A UNI Américas, integrante da UNI Sindicato Global, enviou uma carta para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), propondo a retomada das negociações com o Comando Nacional dos Bancários. A UNI Américas também encaminhou carta à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e ao Comando Nacional dos Bancários, colocando-se ao lado dos bancários do Brasil na greve nacional para a conquista de avanços econômicos e sociais. Outro apoio veio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que divulgou nota oficial de apoio integral à greve dos bancários. Em relação à proposta dos bancos de reajustar os bancários em apenas 4,29%, a carta da CUT afirma que ös banqueiros "respondem à justa demanda dos bancários com uma proposta de reajuste que seria risível, não fosse ofensiva". O texto da CUT avalia também que "a greve dos bancários vai além da questão do aumento real e da melhoria das condições de trabalho. É uma greve por toda a população". Foto: Paulo de Tarso/Feeb RJ-ES