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Pela 4ª vez, Fenaban diz não a tudo.

Publicado em Notícias Quarta, 15 Setembro 2010 21:00
Banqueiros prometeram proposta no dia 22. Caso proposta não seja aceita em assembleia, orientação é greve por tempo indeterminado a partir de 29 de setembro.
Nesta quinta-feira, dia 16, aconteceu a quarta rodada de negociações entre Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários. E não valeu a pena ver de novo os banqueiros não aceitarem e nem apresentarem nenhuma proposta. Desta vez, o não foi para reajuste de 11%, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), valorização dos pisos salariais, 14º salário, elevação dos auxílios refeição/alimentação e creche/babá, 13ª cesta básica, plano de carreiras, cargos e salários em todos os bancos, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, garantia no emprego, mais contratações, auxílio-educação, segurança contra assaltos e previdência complementar em todos os bancos privados. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. Em tempos de campanha eleitoral, os banqueiros fizeram uma promessa: apresentar uma proposta global à categoria no próximo dia 22, quarta-feira. Diante disso, o Comando Nacional orienta que os sindicatos dos bancários de todo o país realizarem assembleias em 28 para analisar a provável proposta. Caso a maioria das assembleias pelo Brasil afora rejeitem a proposta, o Comando também já tem orientação: greve, por tempo indeterminado, a partir de 29 de setembro. Lucros 30% maiores que os do ano passado Os sete maiores bancos do país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) tiveram, no 1º semestre de 2010, um lucro líquido cerca de 30% maior do que o mesmo período do ano passado. E uma rentabilidade média sobre o patrimônio líquido de 25%, até o meio do ano. Os banqueiros estão lucrando, na prática, um banco a cada três anos. Nunca lucraram tanto na História desse país, mas não querem dividir esse bolo com os bancários, que produzem esses lucros com muito suor e perda da saúde - física e psíquica. Ao contrário, os banqueiros aventaram a hipótese de reduzir o auxílio creche/babá dos 6 anos e 11 meses atuais para 5 anos e 11 meses, em razão de alteração na Lei de ensino que incorporou a alfabetização ao Ensino Fundamental em 9 anos, onde o 1º é a antiga Alfa. As negociações específicas no Banco do Brasil e na Caixa Econômica acontecem nesta sexta-feira, dia 17, e a rodada de apresentação de propostas pelas direções dos bancos públicos deve acontecer no dia 23. É hora de todos os bancários se organizarem para estarem presentes na assembleia do dia 28 que, em Niterói e Região, provavelmente, será na futura sede da entidade, na Rua Evaristo da Veiga 39, no Centro de Niterói, às 19 horas. E também se prepararem para o enfrentamento com os banqueiros, a partir do dia 29. Querer não é poder. É preciso lutar para conquistar. A foto é do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo, em 2005. (MQ).