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Caixa implementa o novo PFG

Publicado em Notícias Segunda, 05 Julho 2010 21:00
A Caixa Econômica Federal implementou dia 1º de julho o novo Plano de Funções Gratificadas (PFG), após negociação. Há avanços, mas não foram atendidas todas as reivindicações.
A Caixa Econômica Federal implementou dia 1º de julho o novo Plano de Funções Gratificadas (PFG), após negociação. Há avanços, mas não foram atendidas todas as reivindicações. Os empregados serão transferidos automaticamente para o novo plano. As mudanças já estão valendo, mas até o dia 12 de julho serão realizadas adequações operacionais. Por isso, a situação dos bancários nos sistemas da Caixa permanecerá a mesma até essa data. "Conseguimos avanços positivos, mas infelizmente a Caixa ainda não atende a todas as reivindicações de seus funcionários", disse Antônio Roberto, diretor do Sindicato. Não haverá redução salarial na transição para a nova estrutura, conforme acertado em mesa de negociação na campanha salarial de 2009. Nos casos em que a remuneração base da função no PFG for menor que no PCC, o bancário receberá uma verba chamada Adicional Pessoal Provisório de Ajuste ao PFG (APPA) para complementar o rendimento. O empregado terá direito à APPA enquanto permanecer na função, perdendo o direito se deixar de exercê-la, seja por vir a ocupar uma outra função ou se for destituído, ficando sem função, por qualquer razão. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. A APPA, no entanto, não alterará perdas de remuneração decorrentes de mudança na jornada de trabalho de oito para seis horas. Nesses casos, o bancário sofrerá redução de salário proporcional à diminuição no número de horas, contrariando reivindicação dos trabalhadores. Os empregados que não saldaram o Reg/Replan ou que optaram por permanecer na tabela antiga do Plano de Cargos e Salários (PCS) não serão transferidos para o novo PFG e não poderão mudar essa situação posteriormente. A opção deixa clara a discriminação do banco a esses cerca de 2.500 trabalhadores, o que é inaceitável. Há uma outra exceção à transferência automática nos casos em que o empregado ocupe hoje um cargo em jornada de 8 horas e que no PFG a função equivalente seja de 6h, ou o contrário, um empregado que tenha hoje jornada de 6 horas e a função equivalente no PFG seja de 8 horas. Esse é o caso do Técnico de Operações de Retaguarda (TOR), cuja função equivalente será de Tesoureiro Executivo, com jornada de 8 horas. Nesses casos, os trabalhadores poderão optar por migrar para a nova estrutura ou permanecer no atual Plano de Cargos Comissionados (PCC) continuará existindo, mas em processo de extinção. No entanto, quem optar pela segunda opção não terá movimentação de carreira enquanto permanecer no cargo. Esses empregados poderão a qualquer momento solicitar sua transferência para no PFG, nas mesmas condições, desde que aceitem a mudança de jornada. Eles poderão também participar de Processos de Seleção interna (PSI) para outras funções, a qualquer momento. O novo PFG também extingue os mercados A, B e C da rede de unidades e as filiais 1 e 2. Será introduzido o conceito de porte, classificando-se as unidades de negócios em seis níveis. Os valores correspondentes às funções e porte da unidade serão acrescidos ao piso da função. As filiais serão classificadas de 1 a 4, seguindo a mesma lógica. Outros temas > Promoção por merecimento - Os bancários cobraram ainda da empresa a definição do processo de promoção por merecimento, prevista nas regras do PCS de 2008. A Caixa disse que pretende definir a situação ainda no mês de julho e que trará uma resposta na próxima negociação, em data a ser definida. > Combate ao assédio moral - O banco apresentou proposta de regimento para a atuação dos Comitês de Prevenção de Conflitos no Trabalho, órgãos conquistados na Campanha Nacional dos Bancários 2009 para combater o assédio moral na empresa. Serão criados cinco comitês, um para cada Suate. Os bancários avaliarão a minuta apresentada pela Caixa e trarão uma resposta na próxima reunião. > Contratações - Os bancários cobraram da Caixa informações sobre o processo de contratação de 5 mil novos bancários, compromisso assumido pelo banco na Campanha Nacional 2009. Os trabalhadores manifestaram preocupação quanto à possibilidade do banco não cumprir o prazo para as contratações, previsto para 31 de dezembro deste ano, por conta dos 2,6 mil empregados que deixaram a empresa no Programa de Apoio a Aposentadoria (PAA). O banco informou que hoje emprega cerca de 81 mil empregados e já tem dotação distribuída para 84,7 mil, que estão em processo de contratação. Além disso, a empresa informou que os concursos públicos feitos no Brasil inteiro já estão homologados, não havendo impedimento para as contratações. O acordo prevê que a Caixa termine o ano com 87 mil bancários. > Cipas - Os bancários questionaram o banco sobre as eleições para as Cipas em todo o país, alertando que o calendário divulgado pela empresa não cumpriu os requisitos previstos na cláusula do acordo. O texto prevê divulgação do processo eleitoral com no mínimo 60 dias de antecedência, mas o banco deu apenas três dias. A empresa informou que vai realizar levantamento nacional sobre as eleições. Nos locais que conseguiram realizar a eleição dentro do prazo, os cipeiros serão mantidos. Um novo prazo será divulgado para os locais de trabalho restantes. > Substituições em caso de destacamento - Os bancários questionaram a Caixa sobre a CI 57/10, que acaba com o pagamento de substituições de função em caso de "deslocamento do titular resultante de destacamento administrativo". Os trabalhadores se posicionaram contrariamente à CI, que geraria sobrecarga e trabalho ao eventual substituto do comissionado sem bônus salarial correspondente. Segundo os representantes da Caixa na mesa de negociação, a intenção do banco é acabar com as substituições apenas em caso de destacamento em que o titular permaneça acessível para sua unidade. Hoje, quando um comissionado informa ao sistema que foi destacado por qualquer motivo, por exemplo, para uma reunião com sua superintendência regional, automaticamente é designado um substituto, mesmo que a ausência do titular seja de poucas horas. Foto: Fenae