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Comitê de Ética sai e 6 agências param no BB

Publicado em Notícias Terça, 22 Junho 2010 21:00
Dia 22, negociações sobre CCP e Sesmt também avançaram, mas luta pelo PCCS e pelo Plano Odontológico continuou no dia 23.
A negociação entre a direção do Banco do Brasil e a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB surpreendeu terça-feira, dia 22, em Brasília. A mesa mensal, que durante meses só viu cafezinho, avançou em três questões: criação do Comitê de Ética — uma das reivindicações da paralisação de uma hora em seis agências de Niterói e Região na quarta-feira, dia 23 —; Comissão de Conciliação Prévia (CCP), que está suspensa desde junho de 2009; e Sesmt (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), um setor há muito desativado, unilateralmente, pelo banco. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular. Diante desse quadro, na quarta-feira, dia 23, o Sindicato, apesar de ter promovido paralisações em 16 agências de Niterói e Região, no dia 20 de maio, respaldou os funcionários no retardamento em uma hora na abertura de seis agências de sua base territorial, que abrange 16 municípios: os BB’s Niterói, Barão do Amazonas e Moreira César (todos em Niterói), além de São Gonçalo, Araruama e Cabo Frio. Ainda assim, essa foi uma das maiores paralisações do Brasil, perdendo apenas para o Recife, onde sete unidades pararam. Brasília paralisou três agências. E a maioria dos sindicatos no País paralisaram somente uma agência, entre eles Rio, São Paulo, BH, Curitiba, Salvador e João Pessoa. Veja os detalhes das negociações: COMITÊ DE ÉTICA - Dia 14 de junho, foi criada a Divisão da Gestão de Ética, localizada em Brasília, que coordenará o Comitê Superior de Ética e 27 comitês de ética regionais, todos com cinco membros e, nos regionais, um deles e seu suplente eleitos pelos funcionários. O acordo prevê que a eleição aconteça em julho e os comitês funcionem a partir de agosto. SESMT - O Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho será implantado sem terceirização, com 142 funcionários selecionados entre o quadro do Banco do Brasil, e com início de funcionamento também previsto para agosto. Haverá Sesmt’s em todos os estados e no Distrito federal, com, pelo menos, dois profissionais em cada unidade. Em 2011, haverá um concurso externo para completar o quadro do setor, que retorna após longa luta sindical. CCP - A Comissão de Conciliação Prévia, cujo acordo 2007-2009 expirou em junho do ano passado, deve voltar a funcionar em 60 dias. A proposta final para o retorno da CCP deve ser apresentada daqui a um mês. A Comissão interessa a todos que saem do banco por qualquer motivo (aposentadoria, aprovação em concurso, interesse pessoal), pois, com a participação do Sindicato, tenta um acordo para que o ex-funcionário não entre na Justiça, recebendo por sua reclamação trabalhista valores com deságio, porém, imediatos, evitando as longas pendências no Judiciário, se assim for o desejo do bancário. "As negociações mensais estavam beirando o ridículo. Todo mês não saía nada, a não ser o cafezinho", comentou Marcelo Quaresma, sindicalista do BB em Niterói e Região e diretor da Anabb no Estado do Rio. Segundo Quaresma, não dava para entender porque a direção se dispunha a se reunir mensalmente com a Comissão de Empresa, já que não tinha disposição para negociar nada. "Desta vez a coisa mudou, apesar de a postura anterior na mesa continuar em relação a acordos assinados", afirmou o sindicalista. Ele questiona por que a direção o banco assina um acordo se não está disposta a cumprir. "É muito ruim para a imagem do Banco do Brasil, uma das empresas mais respeitadas no mundo, não respeitar sua própria palavra num país onde até no jogo do bicho vale o escrito", lamentou. A situação do Banco do Brasil fica mais constrangedora porque o País tem um governo que se apresenta como popular e espera que seus prepostos respeitem os trabalhadores, de acordo com o sindicalista. "Vamos comemorar o Comitê de Ética e a volta do Sesmt e da CCP. Mas vamos continuar cobrando o Plano Odontológico, o PCCS e a contratação de mais funcionários, pois a dotação insuficiente é a mãe de todos os males: assédio moral, estresse, doenças", afirmou Quaresma. O dirigente sindical lembra ainda que continua a orientação para que os funcionários do banco escrevam para a Ouvidoria, via Intranet, perguntando sobre a proposta do PCCS e a implantação do Plano Odontológico.