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"Planejamento significa economia e eficiência. Melhor para todos os bancários"

Publicado em Notícias Segunda, 19 Março 2007 21:00
O professor de Ciências Sociais Beto Crispim (foto), 40 anos, trabalha desde 2005 na Escola de Formação Sete de Outubro, da CUT, em Minas Gerais. Ele veio pela primeira vez a Niterói para coordenar o Seminário de Planejamento de Gestão do Sindicato, realizado dias 14 e 15 de março no Hotel Solar do Amanhecer, em Charitas. Além da experiência no magistério, Beto atuou um ano como sindicalista, entre os professores, e na escola da CUT dá aulas sobre História da Sociedade, prática sindical e planejamento. Ele conversou com o Tribuna Bancária On-Line para falar sobre suas impressões do movimento sindical bancário e as expectativas pelo seminário.
O professor de Ciências Sociais Beto Crispim (foto), 40 anos, trabalha desde 2005 na Escola de Formação Sete de Outubro, da CUT, em Minas Gerais. Ele veio pela primeira vez a Niterói para coordenar o Seminário de Planejamento de Gestão do Sindicato, realizado dias 14 e 15 de março no Hotel Solar do Amanhecer, em Charitas. Além da experiência no magistério, Beto atuou um ano como sindicalista, entre os professores, e na escola da CUT dá aulas sobre História da Sociedade, prática sindical e planejamento. Ele conversou com o Tribuna Bancária On-Line para falar sobre suas impressões do movimento sindical bancário e as expectativas pelo seminário. Tribuna Bancária - Esta diretoria foi reeleita, então a maior parte dos dirigentes já conhece bem a entidade e a prática sindical. Este seminário era mesmo necessário? Beto Crispim - Por mais experiência que se tenha, sempre é necessário para atender melhor a categoria. O próprio nome já diz: "planejamento de gestão". Toda instituição precisa, para a administração ser bem calcada. Se não fica tudo na base do improviso, do voluntariado, com fazeres individuais. Quando se tem o planejamento, os resultados são melhores, a administração fica mais eficiente porque se usa melhor o tempo, aplicam-se melhor os recursos. Planejar resulta em economia e eficiência. Melhor para todos os bancários. Como o Sindicato foi achar você lá em Minas Gerais? A Escola de Formação Sete de Outubro, da CUT, é uma referência nacional. O sindicalista Marcial Maiato há pouco tempo foi fazer um curso lá, com financiamento do Ministério do Trabalho, e gostou das aulas. Quando surgiu a oportunidade do seminário de planejamento, ele apresentou à direção do Sindicato a idéia de me convidar para a coordenação, e foi feito o convite. Aqui estou. Qual a estrutura do seminário? O que acontece aqui? Tudo é feito em conjunto, de forma coletiva e participativa. Não apresento nada pronto, os sindicalistas é que definem tudo. Eu só coordeno. Primeiro proponho a construção do retrato da entidade, para a gente saber como o Sindicato se vê, quais os problemas, as qualidades e os desafios. Isso é importante porque dá base para a gente definir os objetivos do planejamento. Definido o que se pretende, uso uma metodologia mais simplificada em função do tempo, pois são apenas dois dias. Fazemos levantamento dos pontos fracos e fortes do Sindicato e construímos as matrizes: financeiras, operacionais, de base e de formação. Aí fica mais fácil buscar soluções para os problemas apontados. Por exemplo: se o problema é déficit, a solução pode não estar na arrecadação, mas sim na aplicação dos recursos. E daqui já se sai com metas a cumprir? Sempre digo que planejamento não é camisa de força. Não é um trilho, é uma trilha. Apontamos caminhos. Mas tem que ser flexível e estar sujeito a períodos de consertação. Afinal, tudo está em constante mudança, tanto dentro do Sindicato quanto na conjuntura nacional. Por isso o planejamento é de no máximo dois anos. Mais que isso, não dá. E definimos não mais que cinco ações estratégicas. O que o bancário na agência pode esperar de mudança a partir deste seminário? Todos têm muito a ganhar, principalmente o bancário sindicalizado, pois a ação em defesa dele será melhor e mais eficiente, com um trabalho mais organizado e mais sério. Desde o gasto do dinheiro com que ele contribui até a ação política de seus representantes no Sindicato.