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Unibanco pára contra demissão em Niterói

Publicado em Notícias Quarta, 04 Maio 2005 21:00
Sindicalistas paralisam agência da Rua da Conceição em defesa da demissão de bancária lesionada
Nesta quinta-feira, 5 de maio, Dia de Luta por Segurança Bancária, alguns diretores do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região se deslocaram da atividade nacional para retardar a abertura da agência Rua da Conceição, no Centro de Niterói, onde uma bancária lesionada foi demitida. A médica da CLM-Rio que fez o exame demissional na funcionária orientou-a a fazer novos exames e preencheu sua ficha clínica indicando uma "pendência". Ao retornar com exames que diagnosticaram vários problemas na coluna, a bancária foi atendida por outro médico que passou a definição do exame para o coordenador-médico. Este considerou a funcionária apta para trabalhar, logo, apta para a demissão, mas essa decisão foi registra em uma nova ficha médica. A ficha anterior sumiu! Mas não foi só isso! A ficha médica anterior, que colocava o exame demissional como pendente, foi rasgada dentro da CLM-Rio. A prova disso é que a própria funcionária a recuperou na lixeira da clínica e trouxe o fato - e o documento rasgado -ao Sindicato que, por sua vez, procurou a direção do Unibanco, tentado a reversão da demissão. Como o problema se arrasta desde o dia 8 de abril, nossa entidade optou pela paralisação de hoje, durante a qual a direção do banco entrou em contato com nossa diretora do Unibanco, Cristina Andrade, solicitando a suspensão do movimento. Cristina condicionou a suspensão da paralisação à suspensão da demissão. Como isso não ocorreu, os sindicalistas permaneceram na porta da agência e continuam impedindo a homologação da demissão da bancária, que já procurou o INSS, onde a perícia colocou a funcionária em licença-médica, sob o código 91: acidente de trabalho. "Segundo o Código de Ética Médica, o prontuário médico é sigiloso. Só deve ser manuseado pelo médico, pelo paciente ou por ordem judicial. Passar de mão em mão é uma tremenda irregularidade. Ser rasgado, seria inimaginável, se não estivéssemos com ele na mão", comentou Edilson Cerqueira, nosso diretor responsável pela Secretaria de Saúde. Será que o Unibanco vai insistir nessa injustiça?