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Apesar de lucro bilionário, Santander demite e extingue postos de trabalho

Publicado em Santander Quarta, 29 Julho 2020 20:32

 

Fechamento de 2.564 postos de trabalho e de 93 agências em 12 meses. Quem vê um balanço desses imagina que há prejuízo no Santander. Entretanto, o que se vê é completamente diferente. O lucro líquido gerencial da instituição no Brasil, apesar de ter apresentado queda, foi de R$ 5.989 bilhões. Isso faz do Brasil o país mais lucrativo do mundo para o banco.

 

O resultado foi 15,9% menor, quando comparado ao mesmo período de 2019. Quando a comparação é com o trimestre anterior, vê-se uma queda de 44,6%. Essa diminuição no lucro aconteceu porque o banco aumentou a chamada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), que é a provisão feita pelos bancos para cobrir possíveis calotes.

 

Por conta da crise do coronavírus, o banco aumentou essa provisão. Sem o aumento da PDD, o lucro do banco seria de R$ 7,749 bilhões e, nesse caso, a alta seria de 8,8% em 12 meses e de 1,1% no trimestre. 

 

O Brasil representa, para o Santander, um terço do lucro global do banco. E com ampliação no resultado geral da instituição; em 2020, o lucro global do banco foi de € 1,908 bilhão. O Santander Brasil representou 32%, sendo o líder no resultado global.

 

Demissões - Apesar do resultado, de junho de 2019 a junho de 2020, o banco fechou 2.564 postos de trabalho, dos quais 844 no segundo trimestre de 2020 - durante a pandemia do novo Coronavírus. Foram fechadas 93 agências nesses 12 meses, a maioria entre março e junho deste ano - 50.

 

Outros dados do balanço - O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE), ou seja, a rentabilidade do banco, ficou em 17,1%. Novamente, houve queda, de 4,2 p.p. em doze meses, apenas por conta da PDD. Excluindo o efeito da PDD adicional, a rentabilidade do banco ficaria em 22,1%.

 

A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 18,4% em doze meses, atingindo R$ 466,7 bilhões. Isso se deu principalmente devido à concessão de créditos de baixo risco e pela elevada taxa de juros cobrados no Brasil.