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Setor bancário fecha 783 portos de trabalho no primeiro bimestre de 2016

Publicado em Saldo Médio Quinta, 24 Março 2016 09:56

Nos dois primeiros meses de 2016, houve fechamento de 783 postos de trabalho nos bancos em todo o país, de acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada nesta quarta-feira (23) pela Contraf-CUT. Os estados com mais postos fechados foram São Paulo e Rio de Janeiro.

 

Dez estados apresentaram saldos negativos de emprego. Os maiores cortes ocorreram em São Paulo, com 668 cortes e no Rio de Janeiro, com 373 cortes. Os estados com maiores saldos positivos foram Bahia, Pernambuco e Pará, com geração de 98, 96 e 83 novos postos de trabalho bancário, respectivamente.

 

A análise por Setor de Atividade Econômica revelou que os Bancos Múltiplos com Carteira Comercial que engloba grandes instituições como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, juntamente com a Caixa Econômica Federal, foram os principais responsáveis pelo saldo negativo. Ao todo, fecharam 636 postos de trabalho. Desse total, a Caixa respondeu pelo corte de 192 postos.

 

Desigualdade entre Homens e Mulheres

 

A pesquisa demonstrou que a desigualdade salarial entre homens e mulheres ainda faz parte da realidade do ambiente de trabalho do setor financeiro. As 2.170 mulheres admitidas nos bancos nos dois primeiros meses de 2016 receberam, em média, R$ 2.952,46. Esse valor corresponde a 78,9% da remuneração média auferida pelos homens contratados no mesmo período (de R$ 3.754,96).

 

A diferença de remuneração entre homens e mulheres é mais acentuada no desligamento. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos em janeiro e fevereiro recebiam R$ 5.266,43, o que representou 70,0% da remuneração média dos homens que foram desligados dos bancos no mesmo período.

 

Faixa Etária

 

Os bancários admitidos concentraram-se na faixa até 29 anos, com saldo positivo de 1.534 postos. Por sua vez, nas faixas acima dos 30 anos o saldo foi negativo em 2.317 postos de trabalho.

 

Confira aqui tabelas e gráficos da pesquisa

 

Fonte: Contraf-CUT e Dieese