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Greve chega ao nono dia mais forte em todo país. Bancários de Niterói têm assembleia nesta quinta (15)

Publicado em Saldo Médio Quarta, 14 Outubro 2015 16:16

A greve dos bancários continua forte em todo país. A insatisfação é geral. E é assim que a categoria completa nove dias de paralisação nacional. Desde o primeiro dia o movimento cresceu mais de 85% e atingiu 12 mil agências fechadas que representa mais da metade do total existente no Brasil. Em Niterói e região, a paralisação permanece em 100% das unidades. A categoria realiza assembleia nesta quinta-feira (15), às 18h, a Rua Evaristo da Veiga, 37 – Centro de Niterói, para avaliar a greve. Os bancos não apresentaram uma nova proposta. A categoria rejeitou 5,5% de reajuste e abono de R$ 2.500 e deflagrou a greve no dia 06 de outubro.

 

Em Niterói e região, cerca de quatro mil bancários atuam nas 240 agências bancárias entre bancos públicos e privados. Os municípios que compõem a base territorial do Sindicato dos Bancários de Niterói e região são: Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Silva Jardim, Rio Bonito, Casimiro de Abreu, Tanguá, Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Armação dos Búzios e Rio das Ostras.

 

“Sem propostas dos bancos vamos levar a greve por tempo indeterminado. O silêncio dos banqueiros demonstra que a intransigência é dos bancos. Toda a direção do Sindicato vem fazendo um trabalho forte e com muita dedicação para manter o movimento forte. A categoria e a população reconhecem o esforço. Os bancários devem participar da assembleia de avaliação do dia 15 de outubro, às 18h. É o momento para um levantamento mais minucioso da greve nos 16 municípios da nossa região”, acrescenta Luis Cláudio de Souza Costa, presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região.

 

Mobilização aumenta a cada dia

 

Os bancários têm aumentado a participação no movimento grevista deixando claro para os banqueiros o lema da Campanha Nacional 2015: Exploração não tem perdão.

 

No primeiro dia foram 6.251 agências paralisadas e a greve vem aumentando dia a dia: para 8.763, 10.369 e saltando 10.818, na última sexta-feira e 11.437 na terça-feira (13).

 

Juros e lucros exorbitantes

 

Os bancos são os principais responsáveis pela greve. É um setor que tem todas as condições de contemplar seus trabalhadores com um reajuste digno, visto que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano.

 

Segundo a pesquisa feita pela Fundação Procon, os juros do cheque especial atingiram em outubro média de 12,28% ao mês, a maior desde setembro de 1995. No mês anterior, a média estava em 11,9% a.m.

 

Assembleia

 

Para debater estratégias e avaliar os rumos do movimento, bancários se reúnem no Espaço assembleia do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga, 37, Centro - Niterói) na próxima quinta-feira, às 18h.

 

Confira as reivindicações dos bancários:

 

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

 

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

 

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

 

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

 

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

 

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

 

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

 

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

 

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

 

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

Fonte: Imprensa Seeb-Nit